Durante a presidência do paulista Rodrigo Alves, o Rio de Janeiro (atual capital federal naquela época) era uma cidade maravilhosa, mas em termos de urbanização ela decepcionava. Ele então queria transformá-la na mais bela cidade do planeta. O governo decidiu modernizar a cidade, modificá-la completamente. Começou derrubando cortiços, casebres e a população dali foram expulsos, mas o governo não se preocupou com a multidão de desapropriados, em pouco tempo o Rio de Janeiro se tornou uma cidade repleta de desabrigados. O prefeito ganhou antipatia da população e o apelido de bota - baixo.
Outro problema da cidade eram as doenças, de acordo com a revista Brasil Médico de 1895, 42% das mortes no Rio de Janeiro eram devidos a doenças (tuberculose, febre amarela, varíola, etc.). Depois disso o então presidente da República Rodrigues Alves deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr.Osvaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. Osvaldo Cruz consegui que o própio presidente Rodrigues Alves publicasse um decreto tornando obrigatória a vacina contra a varíola.
Apos o decreto, ele organizou grupos sanitaristas , que invadiam as casas aplicando o medicamento a força, e nas ruas as pessoas eram conduzidas a Delegacia e obrigadas a receber a vacina. A população, principalmente, pobre da cidade que já estava irritada com as atitudes de Bota-abaixo, e passou a suspeitar dos efeitos da vacina e das intenções do governo. Isso gerou uma revolta da população que destruíram bondes, apedrejaram prédios públicos e espalharam a desordem pela cidade. Apos muitas mortes a vacinação tornou-se facultativa.
Mesmo com a revogação da obrigatoriedade da vacinação, Oswaldo Cruz foi alvo de charges e até mesmo de ameaças de morte por algum tempo.
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