Em 1893, no arraial de Canudos, um grupo de sertanejos criou uma nova comunidade. Esses sertanejos eram os fiéis de Antônio Conselheiro, um beato que pregava o Evangelho e garantia a salvação pra quem o seguisse. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos (casamento civil e a cobrança de impostos). Três anos depois o arraial de Canudos já havia vinte mil habitantes.
Os latifundiários começaram a perder mão-de-obra, já que o sucesso do arraial de Canudos atraia mais gente à procura de uma vida mais democrática e justa. Tanto a igreja quanto os latifundiários não aprovavam as práticas de Antônio Conselheiro e considerava o êxito da vida comunitária de Canudos um péssimo exemplo. Com o passar do tempo, as idéias inicias se propagaram de tal forma que passaram a utilizá-las para justificar roubos e dentre outras atitudes. Isso fez com que iniciasse um conflito na região. O governo da Bahia difundiu a idéia de que os seguidores de Antonio Conselheiro pretendiam restabelecer a monarquia e atacar a cidade de Juazeiro (esse tal ataque nunca aconteceu). Em Novembro de 1897, organizaram quatro expedições militares para destruir Canudos. As três primeiras falharam, mas na quarta o Arraial de Canudos foi massacrado.
A imagem abaixo mostra a única foto conhecida de Antônio Conselheiro, místico rebelde e líder espiritual do arraial de Canudos (1893-1897). A foto foi tirada duas semanas após sua morte.
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